INTRODUÇÃO
Segundo a Teogonia, Érebo ou Erebus era a personificação da escuridão; precisamente o criador das Trevas. Tinha seus domínios demarcados por seus mantos escuros e sem vida, predominando sobre as regiões do espaço conhecidas como “Vácuo” logo acima dos mantos noturnos de sua irmã Nix, a personificação da noite.Sendo um dos filhos de Caos, Erebus juntamente de sua irmã gêmea Nix nasceram de cisões assim como se reproduzem os seres unicelulares; a partir de "pedaços" de Caos, Erebus e Nix passam a ser os mais velhos imortais do universo, logo após de Caos.
Erebus desposou Nix, gerando mais duas divindades “primórdias”; o Éther (conhecido como a Luz celestial) e Hemera (o Dia).Erebus foi conhecido por ser um dos maiores inimigos de Zeus, conta-se que os Titãs pediram socorro a Erebus e pessoalmente o primórdio havia descido até o Tártaro para libertar os filhos de Gaia, porém foi surpreendido por Zeus e Hades que tiveram a ajuda de Nix para lançar Erebus nas profundezas do rio Aqueronte a fronteira dos dois mundos.
Na medida em que o pensamento mítico dos gregos se desenvolveu, Erebus deu seu nome a uma região do Hades por onde os mortos tinham de passar imediatamente depois da morte, para entrar no Hades. Após Caronte tê-los feito atravessar o rio Aqueronte, entravam no Tártaro, o submundo propriamente dito.Érebo era também, freqüentemente, usado como sinônimo de Hades.
Não confunda Érebo com Hades erro comum.
Este Blog fala de todas as mitologias sem discriminação se você gosta de mitologia ou esta interessado em saber alguma curiosidade do tema o lugar é este
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
PONTOS:DEUS DA ÁGUA
INTRODUÇÃO
Uma coisa não falam muito dele em livros e normalmente confundem ele com Poseidon(não cometa esse erro).
Na mitologia grega, Ponto era o antigo deus pré-olímpico do mar.
Segundo Hesíodo em sua Teogonia, tal como Urano, Ponto nasceu partenogénese de Gaia, a Terra, ou seja, Gaia gerou Ponto por si própria, sem se acasalar. Já Higino afirmou que Ponto era filho de Gaia com Éter, o Ar.
Foi pai com Gaia do velho do mar, Nereu, e de Taumante, dos aspectos perigosos do mar, Forcis e sua irmã e esposa Ceto, e de Euríbia. Com Talassa (cujo nome também significa "mar", mas com uma raiz pré-grega), foi pai dos Telquines.
URANO:DEUS DO CÉU
INTRODUÇÃO
Na mitologia grega a imponente personificação do Céu, e também o deus Céu dos romanos, a antiga deidade grega dos céus e o mais velho deus supremo, que foi pai de Cronos, o Saturno dos romanos, e de Ciclopes e Titãs, antecessores dos deuses do Olimpo. O primeiro rei dos deuses e que encarnou o impulso fecundante primário da natureza teve sua origem é pré-grega e oriental e a história apresenta semelhança com o mito hitita de Kumarbi. Segundo a Teogonia de Hesíodo, um dos dois grandes poetas gregos da idade arcaica, em cuja obra, junto com a de Homero, edificou-se a identidade helênica, foi gerado por Gaia ou Géia, a deusa Terra nascida do Caos original e mãe também das montanhas e do mar. Contraiu matrimônio com sua mãe Gaia e geraram os três ramos: os Titãs, os Ciclopes e os Hecatonquiros. Por odiar os filhos, encerrava-os no corpo de Gaia, até que Cronos, um dos Titãs, o mais temível de seus filhos, incentivado pela mãe Gaia, o castrou com uma cimitarra. Das gotas de sangue que caíram sobre ela nasceram as Erínias, os Gigantes e as ninfas Melíades. Os testículos decepados flutuaram no mar e formaram uma espuma branca, de que nasceu Afrodite, a deusa do amor. Com seu ato, Cronos separou o Céu da Terra e permitiu que o mundo adquirisse uma forma ordenada. Na Grécia clássica praticamente não havia culto a esse deus. Cronos seria destronado pelo poderoso filho e supremo deus Zeus, que fundou o panteão helênico clássico.
Na mitologia grega a imponente personificação do Céu, e também o deus Céu dos romanos, a antiga deidade grega dos céus e o mais velho deus supremo, que foi pai de Cronos, o Saturno dos romanos, e de Ciclopes e Titãs, antecessores dos deuses do Olimpo. O primeiro rei dos deuses e que encarnou o impulso fecundante primário da natureza teve sua origem é pré-grega e oriental e a história apresenta semelhança com o mito hitita de Kumarbi. Segundo a Teogonia de Hesíodo, um dos dois grandes poetas gregos da idade arcaica, em cuja obra, junto com a de Homero, edificou-se a identidade helênica, foi gerado por Gaia ou Géia, a deusa Terra nascida do Caos original e mãe também das montanhas e do mar. Contraiu matrimônio com sua mãe Gaia e geraram os três ramos: os Titãs, os Ciclopes e os Hecatonquiros. Por odiar os filhos, encerrava-os no corpo de Gaia, até que Cronos, um dos Titãs, o mais temível de seus filhos, incentivado pela mãe Gaia, o castrou com uma cimitarra. Das gotas de sangue que caíram sobre ela nasceram as Erínias, os Gigantes e as ninfas Melíades. Os testículos decepados flutuaram no mar e formaram uma espuma branca, de que nasceu Afrodite, a deusa do amor. Com seu ato, Cronos separou o Céu da Terra e permitiu que o mundo adquirisse uma forma ordenada. Na Grécia clássica praticamente não havia culto a esse deus. Cronos seria destronado pelo poderoso filho e supremo deus Zeus, que fundou o panteão helênico clássico.
CAOS:DEUS DA DESORDEM
INTRODUÇÃO
Caos era o deus grego primordial. Representava a desordem inicial do mundo. Segundo a cosmogênese narrada no mito, com o surgimento de Eros começou a haver alguma ordem. Caos representava, ao mesmo tempo, uma forma indefinida e desorganizada, onde todos os elementos encontravam-se dispersos, e uma divindade rudimentar capaz de gerar.
Tal como a Terra em seus tempos originais, nele estavam reunidos os elementos que compuseram todos os seres – mortais e imortais. De Caos nasceram Nix e Érubus e ambos uniram-se para a geração de novas deidades. No próprio Caos havia, entretanto, a força capaz de trazer-lhe ordem: Eros, tão antigo quanto os próprios elementos dispersos no Caos. Junto a ele, também Anteros. São forças de coesão e separação, espécie de yin e yang na visão grega dos primórdios.
Caos, junto com sua filha Nix, teria gerado as Moiras, deusas do Destino, cego a todos os mortais e deuses imortais.
* Cloto, em grego significa fiar, segurava o fuso e tecia o fio da vida, atuava como deusa dos nascimentos e partos.
* Láquesis sorteava o quinhão de atribuições que se ganhava em vida. Láquesis, em grego significa sortear, puxava e enrolava o fio tecido.
* Átropos, em grego significa afastar, ela cortava o fio da vida, determinava o fim da vida e jamais retrocedia depois de uma decisão.
Na mitologia grega, destino são as Moiras que, na roda da fortuna, teciam a sorte dos homens e deuses, e a cortava quando bem entendesse. Nem mesmo o todo poderoso Zeus podia ir contra elas, pois qualquer coisa que fizesse alteraria de modo definitivo a sorte de todo universo.
Tal como a Terra em seus tempos originais, nele estavam reunidos os elementos que compuseram todos os seres – mortais e imortais. De Caos nasceram Nix e Érubus e ambos uniram-se para a geração de novas deidades. No próprio Caos havia, entretanto, a força capaz de trazer-lhe ordem: Eros, tão antigo quanto os próprios elementos dispersos no Caos. Junto a ele, também Anteros. São forças de coesão e separação, espécie de yin e yang na visão grega dos primórdios.
Caos, junto com sua filha Nix, teria gerado as Moiras, deusas do Destino, cego a todos os mortais e deuses imortais.
* Cloto, em grego significa fiar, segurava o fuso e tecia o fio da vida, atuava como deusa dos nascimentos e partos.
* Láquesis sorteava o quinhão de atribuições que se ganhava em vida. Láquesis, em grego significa sortear, puxava e enrolava o fio tecido.
* Átropos, em grego significa afastar, ela cortava o fio da vida, determinava o fim da vida e jamais retrocedia depois de uma decisão.
Na mitologia grega, destino são as Moiras que, na roda da fortuna, teciam a sorte dos homens e deuses, e a cortava quando bem entendesse. Nem mesmo o todo poderoso Zeus podia ir contra elas, pois qualquer coisa que fizesse alteraria de modo definitivo a sorte de todo universo.
NYX:DEUSA DA NOITE
INTRODUÇÃO
A deusa Nyx era a personificação da Noite na mitologia grega. Uma das melhores fontes de informação sobre esta deusa provém da Teogonia de Hesíodo. Muitas referências são feitas a Nyx nesse poema que descreve o nascimento dos deuses e deusas gregos. A explicação é simples - Nyx desempenhou um papel importante no mito como um dos primeiros seres a vir à existência.
Hesíodo afirma que a Noite era irmã do Caos, o que a torna uma das primeiras criaturas a emergir do vazio. Isso significa que Nyx era irmã de algumas das mais antigas deidades do mito grego, incluindo Erebus (a Escuridão), Gaia (a Terra) e Tártarus (o Submundo). Dessas forças primordiais sobreveio o resto dos deuses e deusas gregas. E Nyx era responsável por dar origem aos filhos divinos.Nyx deu origem a um número de crias. Algumas dessas crianças da Noite eram Eris (a Discórdia ou Altercação), as Parcas ou Destinos (Cloto - a Roda da Vida, ou Carma - Lachesis - a duração - e Atropos - a inflexibilidade), Nêmesis (A Retribuição) e Thanatos (a Morte). Conquanto esses seres nasceram de deusas isoladas, sem um pai, Nyx também teve filhos do deus Erebus. Dele, a divindade deu luz a Éter (o Ar) e Hemera (o Dia).
A deusa Nyx era a personificação da Noite na mitologia grega. Uma das melhores fontes de informação sobre esta deusa provém da Teogonia de Hesíodo. Muitas referências são feitas a Nyx nesse poema que descreve o nascimento dos deuses e deusas gregos. A explicação é simples - Nyx desempenhou um papel importante no mito como um dos primeiros seres a vir à existência.
Hesíodo afirma que a Noite era irmã do Caos, o que a torna uma das primeiras criaturas a emergir do vazio. Isso significa que Nyx era irmã de algumas das mais antigas deidades do mito grego, incluindo Erebus (a Escuridão), Gaia (a Terra) e Tártarus (o Submundo). Dessas forças primordiais sobreveio o resto dos deuses e deusas gregas. E Nyx era responsável por dar origem aos filhos divinos.Nyx deu origem a um número de crias. Algumas dessas crianças da Noite eram Eris (a Discórdia ou Altercação), as Parcas ou Destinos (Cloto - a Roda da Vida, ou Carma - Lachesis - a duração - e Atropos - a inflexibilidade), Nêmesis (A Retribuição) e Thanatos (a Morte). Conquanto esses seres nasceram de deusas isoladas, sem um pai, Nyx também teve filhos do deus Erebus. Dele, a divindade deu luz a Éter (o Ar) e Hemera (o Dia).
TARTARUS:DEUS DO INFERNO
INTRODUÇÃO
Desculpe mas foi a unica imagem que tinha.
Desculpe mas foi a unica imagem que tinha.
O Tártaro é personificado por um dos deuses primordiais, nascidos a partir do Caos(apesar de alguns autores o considerarem irmão de Caos). Suas relações com Gaia geraram as mais terríveis bestas da mitologia grega, entre elas o poderoso Tifão.
Assim como Gaia era a personificação da Terra e Urano a personificação do Céu, Tártaro era a personificação do Mundo Inferior. Nele estavam as cavernas e grutas mais profundas e os cantos mais terríveis do reino de Hades, o mundo dos mortos, para onde todos os inimigos do Olimpo eram enviados e onde eram castigados por seus crimes. Lá os Titãs foram aprisionados por Zeus (Júpiter),Hades (Plutão) e Poseidon (Netuno) após a Titanomaquia.
Na Ilíada, de Homero, representa-se este mitológico Tártaro como prisão subterrânea 'tão abaixo do Hades quanto a terra é do céu'. Segundo a mitologia, nele eram aprisionados somente os deuses inferiores, Cronos e outros titãs, enquanto que os seres humanos, eram lançados no submundo, chamado de Hades.
HÉLIOS
INTRODUÇÃO
Na mitologia grega, era a representação divina do Sol em todas as suas fases e latitudes, desde o nascer ao desaparecimento. Filho de Hipérion, era neto de Urano e de Gaia, irmão de Eos, a Aurora, e de Selene, a Lua. Enquanto Apolo era o deus da luz do sol, ele era o olho do mundo. Percorria o céu todos os dias, de leste para oeste, num carro flamejante puxado por quatro corcéis, para levar luz e calor aos homens. Foi ele quem revelou a Deméter a verdade sobre o rapto de Persefone por Plutão. Na Grécia clássica, foi cultuado em Corinto e principalmente na ilha de Rodes, onde era considerado o deus principal, honrado anualmente com uma grande festa. Ali seus adoradores ergueram o famoso Colosso de Rodes, um enorme escultura em bronze representando um belo jovem coroado de raios resplandecentes, erguida em sua homenagem, no século III a.C. e considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo. Seu filho com Clímene, Faetonte, morreu ao tentar conduzir o carro do Sol, buscando provar sua ascendência divina. Narra a mitologia que a ninfa Clítia, apaixonada pelo deus do Sol e por ele desprezada, foi transformada por Apolo emheliotrópio, flor que gira ao longo do dia sobre seu caule, voltada sempre para o Sol, ou a conhecida flor Girassol.
Para falar a verdade Hélios era um titã em forma menor.
Na mitologia grega, era a representação divina do Sol em todas as suas fases e latitudes, desde o nascer ao desaparecimento. Filho de Hipérion, era neto de Urano e de Gaia, irmão de Eos, a Aurora, e de Selene, a Lua. Enquanto Apolo era o deus da luz do sol, ele era o olho do mundo. Percorria o céu todos os dias, de leste para oeste, num carro flamejante puxado por quatro corcéis, para levar luz e calor aos homens. Foi ele quem revelou a Deméter a verdade sobre o rapto de Persefone por Plutão. Na Grécia clássica, foi cultuado em Corinto e principalmente na ilha de Rodes, onde era considerado o deus principal, honrado anualmente com uma grande festa. Ali seus adoradores ergueram o famoso Colosso de Rodes, um enorme escultura em bronze representando um belo jovem coroado de raios resplandecentes, erguida em sua homenagem, no século III a.C. e considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo. Seu filho com Clímene, Faetonte, morreu ao tentar conduzir o carro do Sol, buscando provar sua ascendência divina. Narra a mitologia que a ninfa Clítia, apaixonada pelo deus do Sol e por ele desprezada, foi transformada por Apolo emheliotrópio, flor que gira ao longo do dia sobre seu caule, voltada sempre para o Sol, ou a conhecida flor Girassol.
Para falar a verdade Hélios era um titã em forma menor.
EROS
INTRODUÇÃO
Deus grego do amor, também conhecido como Cupido (Amor, em latim), era filho de Afrodite e seu companheiro constante. Apesar de sua excepcional beleza ser altamente valorizada pelos gregos, seu culto tinha modesta importância.
Com seu arco ele disparava flechas de amor nos corações dos deuses e dos humanos.
Uma vez, ele foi ferido com o seu próprio arco. Sua mãe havia sentido ciúme de Psique, cuja beleza causava tumulto por onde ela passasse.
A deusa ordenou que ele fizesse com que Psique se apaixonasse por alguma pessoa de nível muito baixo. Ele a encontrou enquanto ela dormia e, como acabou acordando-a ao tocá-la com uma de suas flechas, ficou tão maravilhado por sua beleza que, acidentalmente, aranhou a si mesmo com a flecha e se apaixonou por ela. Levou-a dali para bem longe, para um maravilhoso palácio e ia visitá-la todas as noites.
Pilastras de ouro sustentavam a abóbada do leito e as paredes eram decoradas com pinturas representando animais de caça e cenas campestres. Outros cômodos eram decorados com várias e preciosas obras de arte.
Sem nenhuma ajuda visível, todos os desejos de Psique eram cumpridos.
Durante muito tempo, ela não havia olhado para o seu marido, pois este lhe tinha proibido de olhá-lo, uma vez que ele queria que o amasse, como humano, e não como um deus. Mas a curiosidade finalmente se apoderou dela. Uma noite, enquanto ele dormia, Psique ascendeu uma lâmpada e segurou-a por cima dele para vê-lo. Mas uma gota de óleo quente caiu em seu peito que, sem pronunciar uma palavra, abriu suas belas asas e voou pela janela afora. O palácio e tudo o que ele continha desapareceu.
Psique vagou dia e noite, sem comer, sem dormir. procurando seu esposo, enquanto ele estava preso no quarto da mãe por causa de sua ferida.
Afrodite, irritada com Psique por ter se casado com seu filho, deu-lhe um período de punição. Zeus suplicou pelo perdão aos dois namorados e ela o fez.
Então Hermes foi enviado para apanhar Psique e levá-la ao Olimpo.
Quando ela lá chegou, Zeus deu-lhe um copo de néctar para beber, tornando-a assim imortal e unindo-a para sempre com o seu marido.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
DEMÉTER
INTRODUÇÃO
Deméter, a deusa da agricultura, está muito próxima do trono do Olimpo. Ela é irmã de Zeus, mãe de Persefone e sua aliada de primeira hora, nas lutas contra os titãs, que ao serem derrotados abrem caminho para a ascensão da terceira geração dos deuses, e contra os gigantes, que fracassaram ao tentar reestabelecer a antiga ordem no cosmos. Essa proximidade se reproduz entre Júpiter e Ceres, os equivalentes romanos de Zeus e Deméter.
A principal colaboradora da coleção Deuses da Mitologia, a professora de arqueologia da USP Marlene Suano, mais uma vez nos dá uma “radiografia” completa dessa interessantíssima divindade. Temos aqui todos os atributos e epítetos da deusa, análises de seus principais festivais, de sua origens, amores e ódios.
Ser a deusa da agricultura, para os povos da Antigüidade, era lidar com a sobrevivência imediata de todos. O pão, alimento básico, era chamado de “o presente de Deméter” por ninguém menos que Homero. E graças aos cereais que ela fazia crescer inventou-se também a cerveja. E esses são apenas dois exemplos para se avaliar a importância de Deméter-Ceres.
Mas os ciclos naturais – semear, brotar, colher – e os ciclos da vida humana – nascer, crescer, morrer – cruzaram-se nesse mito de maneira muito bela. Este é o tema essencial do mito da filha de Deméter, Perséfone (ou Proserpina, em Roma), que ao ser raptada pelo rei do mundo dos mortos aceita ser sua rainha e lá morar, subindo à superfície apenas na primavera e no verão para visitar a mãe. Com isso, o culto a Deméter, além de implicações agrícolas óbvias, das plantações que anualmente nascem e morrem para renascer outra vez, ganha implicacões referentes à vida após a morte, ou à ressurreição. Perséfone é, em última instância, a “semente” da deusa da agricultura.
Neste número temos dois dossiês com imagens clássicas desses mitos na história da arte. O primeiro diz respeito justamente à intensa relação entre Deméter e Perséfone. O outro, a um segundo mito que envolve a descida de alguém ao Hades, no caso, Orfeu, que desce em busca de sua amada Eurídice. Esses dois mitos, e também os referentes a Dioniso e Asclépio, outros deuses que também morreram para renascer, são abordados numa brilhante caracterização dos cultos órficos, uma espécie de religião não-oficial na Antigüidade, mas na qual Deméter também desempenhava um importante papel.
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