INTRODUÇÃO
Filho de Zeus e de Europa, rei de Creta, marido de Pasífae e pai de Catreu, Deucalião, Glauco, Androgeu, Ariadne e Fedra. Por não ter sacrificado um belíssimo touro a Poseidon, este vingou-se fazendo com que Pasífae se enamorasse do touro e gerasse um ser monstruoso, metade touro e metade homem: o Minotauro. Minos encerrou-o no Labirinto e o alimentou com a carne de sete jovens e sete donzelas, que Atenas devia mandar a cada nove anos, como tributo, a Creta. Foi fundador da senhoria marítima de Creta e seu legislador. Por sua justiça, foi colocado no Averno, como juiz dos mortos, ao lado de Radamanto e Éaco. Segundo uma lenda posterior ao perseguir Dédalo até a Sicília, Minos morrei por mãos do rei Cócalo, no momento em que se banhava, e suas cinzas foram levadas a Creta por um de seus companheiros
Este Blog fala de todas as mitologias sem discriminação se você gosta de mitologia ou esta interessado em saber alguma curiosidade do tema o lugar é este
sexta-feira, 3 de junho de 2011
HERCULES
INTRODUÇÃO
O herói mais popular e célebre do toda a mitologia clássica. As lendas de que é protagonista constituem um ciclo inteiro, em perpétua evolução desde a época pré-helênica até o fim da Antigüidade. Filho de Zeus e de Alcmena, da raça de Perseu. A ciumenta Hera procurou fazer morrer esse filho de seu infiel marido, lançando ao berço do vigoroso menino duas cobras. Héracles dormia com os punhos cerrados; acordado pelo rastejar dos répteis, agarrou-os e os esganou. Assim começava a carreira daquele que seria o modelo de força física, o deus dos atletas. Desde logo teve competentíssimos mestres: Castor ensinou-lhe a cavalgar, Autólico a guiar o carro, Eurito o manejo do arco, Eumolpo e Lino a literatura e a música e Quíron inspirou-lhe o ar da ciência e o sentido da moral. Porém, o caráter do discípulo revelava-se cada vez mais impetuoso: um dia, por uma justa advertência, enfureceu-se e quebrou na cabeça de Lino uma pesada cítara, matando-o. Assim, começava suas façanhas e, desgraçadamente, seus delitos, pois o excesso de energia muscular quase sempre lhe turvava o cérebro. Matou a flechadas, num momento do loucura, os filhos e a mulher Mégara. Arrependido foi pedir ao oráculo de Delfos conselhos para se livrar a culpa desse crime, este então ordenou-lhe que se pusesse a disposição de Euristeu pelo prazo de 12 anos, nos quais ele realizou os conhecidos Doze Trabalhos de Heracles.Terminados os trabalhos, em outro acesso de loucura, lançou dos muros de Tirinto o filho de Eurito, Ífito, pelo que o oráculo impôs-lhe 3 anos de servidão na corte de Ônfale, rainha da Lídia, que o colou entre suas fiandeiras, com roupas de mulher, enquanto ela mesma usava sua clava e a pele do leão. Realizou, assim mesmo, algumas façanhas, dentre as quai a captura dos Cercopes, gênios alegres e espertíssimos. Em seguida, Heracles dirigiu-se a Tróia para vingar-se de Laomedonte, que matou juntamente com seus filhos, à exceção de Podrces. Voltou, depois, à Grécia, onde aniquilou a família de Nestor. Casou-se com Dejanira e, ao atravessar o rio Eveno, na Etólia, matou, com uma flechada, o centauro Nesso, que tentava raptar sua esposa. Antes de morrer, Nesso entregou a Dejanira a camisa manchada com seu sangue, fazendo-lhe acreditar que constituía um poderoso filtro de amor, com o qual poderia assegurar-se o eterno afeto de seu marido. Como Eurito tivesse negado sua filha Iole a Héracles, que a queria desposar, o herói vingou-se matando-o, juntamente com seus filhos, e levou Iole. Quando soube do fato, Dejanira mandou a Héracles, por intermédio de Licas, a camisa de Nesso; logo que a vestiu, sentiu Héracles seu corpo arder e ser corroído pelo veneno de que estava impregnada; enfurecido, lançou Licas ao mar. Fez-se transportar a Traquine e ordenou a seu filho que casasse com Iole; teve ainda forças para subir ao monte Eta, acender uma pira e lançar-se em meio às chamas. quando estas se ergueram, Zeus, num fragor de raios, veio buscar seu dileto filho e transportou-o numa nuvem ao Olimpo. Héracles tornou-se, assim , imortal, reconciliou-se com Hera, que o perseguira na terra, e casou-se com Hebe, da qual tece Alexíare e Anceto; outrossim, viveu no céu eternamente jovem.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
CHRONOS
INTRODUÇÃO
Ele era a personificação do tempo. Também era habitual chamar-lhe Eón ou Aión (em grego Αίών).Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo: chronos e kairos. Enquanto chronos refere-se ao tempo cronológico, ou sequencial, que pode ser medido, kairos refere-se a um momento indeterminado no tempo, em que algo especial acontece, em Teologia, é "o tempo de Deus".Chronos tem sido frequentemente confundido com o titã Cronos, especialmente durante o período alexandrino e renascentista.De acordo com a teogonia órfica, Chronos surgiu no princípio dos tempos, formado por si mesmo. Era um ser incorpóreo e serpentino possuindo três cabeças, uma de homem, uma de touro e outra de leão. Uniu-se à sua companheira Ananke (a inevitabilidade) numa espiral em volta do ovo primogénito separando-o, formando então o Universo ordenado com a Terra, o mar e o céu.Permaneceu como um deus remoto e sem corpo, do tempo, que rodeava o Universo, conduzindo a rotação dos céus e o caminhar eterno do tempo, aparecendo ocasionalmente perante Zeus sobre a forma de um homem idoso de longos cabelos e barba brancos, embora permanecesse a maior parte do tempo em forma de uma força para além do alcance e do poder dos deuses mais jovens.Uma das representações mais bizarras de Chronos, é a de um homem que devora o seu próprio filho, num acto de canibalismo difícil de compreender na atualidade. No entanto, esta representação deve-se ao facto de os antigos gregos tomarem Chronos como o criador do tempo, logo, de tudo o que existe e possa ser relatado, a exemplo do Deus único e criador dos cristãos, judeus e muçulmanos, sendo que, por este facto, se consideravam como filhos do tempo (Chronos), e uma vez que é impossível fugir ao tempo, todos seriam mais cedo ou mais tarde vencidos (devorados) pelo tempo.Uma explicação possível para esta representação é a confusão com o titã Cronos, que comeu os seus filhos para que não se rebelassem contra ele e lhe tomassem o poder da Terra como ele fez com o seu pai, Urano.Os romanos chamaram-lhe Saturno e por isso, o planeta que atualmente é conhecido com este nome, foi outrora chamado "Khronos" pelos astrónomos gregos. Era a divindade celeste mais distante, considerada como sendo o sétimo dos sete objectos divinos visíveis a olho nu. Uma vez que tem a maior translação observável no céu (cerca de 30 anos), os astrónomos gregos e romanos julgaram tratar-se do guardião dos tempos, ou "Pai do Tempo", uma vez que não havia conhecimento de nenhum outro objecto com maior período repetitivo (translação). Foi precisamente esta característica astronómica que levou os eruditos das artes a representar a sua figura como um homem de idade com longos cabelos e barbas brancas, tal como mencionado acima.Daí veio também a palavra crônica seguida de Chronos.
Ele era a personificação do tempo. Também era habitual chamar-lhe Eón ou Aión (em grego Αίών).Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo: chronos e kairos. Enquanto chronos refere-se ao tempo cronológico, ou sequencial, que pode ser medido, kairos refere-se a um momento indeterminado no tempo, em que algo especial acontece, em Teologia, é "o tempo de Deus".Chronos tem sido frequentemente confundido com o titã Cronos, especialmente durante o período alexandrino e renascentista.De acordo com a teogonia órfica, Chronos surgiu no princípio dos tempos, formado por si mesmo. Era um ser incorpóreo e serpentino possuindo três cabeças, uma de homem, uma de touro e outra de leão. Uniu-se à sua companheira Ananke (a inevitabilidade) numa espiral em volta do ovo primogénito separando-o, formando então o Universo ordenado com a Terra, o mar e o céu.Permaneceu como um deus remoto e sem corpo, do tempo, que rodeava o Universo, conduzindo a rotação dos céus e o caminhar eterno do tempo, aparecendo ocasionalmente perante Zeus sobre a forma de um homem idoso de longos cabelos e barba brancos, embora permanecesse a maior parte do tempo em forma de uma força para além do alcance e do poder dos deuses mais jovens.Uma das representações mais bizarras de Chronos, é a de um homem que devora o seu próprio filho, num acto de canibalismo difícil de compreender na atualidade. No entanto, esta representação deve-se ao facto de os antigos gregos tomarem Chronos como o criador do tempo, logo, de tudo o que existe e possa ser relatado, a exemplo do Deus único e criador dos cristãos, judeus e muçulmanos, sendo que, por este facto, se consideravam como filhos do tempo (Chronos), e uma vez que é impossível fugir ao tempo, todos seriam mais cedo ou mais tarde vencidos (devorados) pelo tempo.Uma explicação possível para esta representação é a confusão com o titã Cronos, que comeu os seus filhos para que não se rebelassem contra ele e lhe tomassem o poder da Terra como ele fez com o seu pai, Urano.Os romanos chamaram-lhe Saturno e por isso, o planeta que atualmente é conhecido com este nome, foi outrora chamado "Khronos" pelos astrónomos gregos. Era a divindade celeste mais distante, considerada como sendo o sétimo dos sete objectos divinos visíveis a olho nu. Uma vez que tem a maior translação observável no céu (cerca de 30 anos), os astrónomos gregos e romanos julgaram tratar-se do guardião dos tempos, ou "Pai do Tempo", uma vez que não havia conhecimento de nenhum outro objecto com maior período repetitivo (translação). Foi precisamente esta característica astronómica que levou os eruditos das artes a representar a sua figura como um homem de idade com longos cabelos e barbas brancas, tal como mencionado acima.Daí veio também a palavra crônica seguida de Chronos.
DIONISIO
INTRODUÇÃO
Deus grego equivalente ao romano Baco, especificamente deus do vinho, das festas, do lazer, do prazer, do pão e mais amplamente da vegetação, um dos mais importantes entre os gregos e o único deus filho de uma mortal. Seu culto deve ter vindo da Trácia, Lídia ou Frígia para a Grécia aproximadamente no oitavo século a.C. e onde inicialmente com sua forma de touro, freqüentemente liderava as Maenads barulhentas, bacantes, sátiros, ninfas e outras figuras disfarçadas para os bosques. Eles dançavam, esquartejavam animais e comiam suas carnes cruas, em um ritual que originalmente nada tinha a ver com o vinho. Outro animal cuja forma era assumida por ele era o cabrito. Isso porque para salvá-lo do ódio de Hera, seu pai, Zeus, o transformou nesse animal e quando os deuses fugiram para o Egito para escapar da fúria de Tifon, foi transformado em um bode. Assim, seus adoradores cortavam em pedaços um bode vivo e o devoravam cru, acreditando estar comendo a carne e bebendo o sangue do deus. se estabeleceu inicialmente com muitas restrições, principalmente da aristocracia. Apenas gradualmente é que foram os componentes licenciosos e fálicos do culto moderados, de forma que tomou um lugar seguro na religião dos gregos, inclusive é observado que Homero não o citou como um dos grandes deuses olímpicos. Era filho de Zeus e da princesa Sêmele, filha de Cadmo e Harmonia. Descoberta mais uma traição de Zeus, a sua enciumada esposa Hera disfarçou-se de Beroe e convenceu Sêmele de que ela deveria pedir uma prova de que seu amante era realmente Zeus. Ela dirigiu-se ao amante e ele prometeu que qualquer coisa que ela pedisse lhe seria atendido. Porém ela, como mortal, selou seu destino quando pediu ao seu amante, caso ele fosse o verdadeiro Zeus, que viesse ter com ela vestido em todo seu esplendor, tal como andaria no Olimpo. Como era um juramento divino, Zeus lançou-se ao alto, juntou as névoas obedientes e as nuvens de tempestade, relâmpagos, ventos e trovões, e o corpo mortal de Sêmele não foi capaz de suportar todo aquela carga de energia celestial e ela foi queimada até as cinzas. Seu bebê, ainda incompleto, saiu do útero de sua mãe, e alojou-se na coxa de seu pai, até que se completasse a sua gestação e depois o pai enviou o bebê para ser criado pelo casalIno, sua tia, e Atamas. Entretanto, Hera descobriu que o bebê havia nascido e que estava sendo criado escondido dela e, indignada, levou Atamasà loucura. Atamas caçou o próprio filho, Learcus, como se fosse um veado, matando-o, e Ino, para livrar seu outro filho, Melicertes, da loucura do pai, o atirou ao mar, onde foi transformado no deus do mar Palaemon, em homenagem a quem Sísifo instituiu os jogos do Istmo. Finalmente, Zeus iludiu Hera transformando-o em um cabrito, e Hermes o levou para ser criado pelas ninfas de Nisa, na Ásia, quem Zeus posteriormente transformou em estrelas, dando-lhes o nome de Híades. Quando ele cresceu, descobriu a videira e também a maneira de extrair da fruta o seu suco e transformá-lo em vinho e passou a ensinar a cultura da uva. Ele foi o primeiro a plantar e cultivar as parreiras, a poda dos seus galhos e o fabrico da bebida e assim o povo passou a cultuá-lo como deus do vinho. Ensinando sua arte o deus vagou pela Ásia e foi até a Índia, chegou até Cibela, na Frígia, onde a deusa Réia, mãe dos deuses, o purificou e o ensinou os ritos de iniciação e, então, se dirigiu à Trácia. Na sua volta à Grécia, puniu quem se interpôs em seu caminho e triunfou sobre seus inimigos além de se salvar dos perigos que Hera estava sempre colocava em seu caminho e instituiu seu próprio culto. Mais tarde ele resgatou a mãe Sêmele dos ínferos e a levou ao Olimpo, onde Zeus a transformou em deusa. Nas lendas romanas, tornou-se Baco, que se transformou em leão para lutar e devorar os gigantes que escalavam o céu e depois foi considerado por Zeus como o mais poderoso dos deuses. Mais tarde, seu culto se tornou tão difundido que veio a ser cultuado em um momento histórico particular, até mesmo em Delfos, o santuário-chefe de Apolo. Nos festivais realizados em sua homenagem, que eram basicamente festas da primavera e do vinho, também foi acrescentadas performances dramáticas, especialmente em Atenas, de forma que seu culto pode ser visto ligado ao gênero dramático. Em geral é representado sob a forma de um jovem imberbe, risonho e festivo, de longa cabeleira loira e flutuante, tendo, em uma das mãos, um cacho de uvas ou uma taça, e, na outra, um dardo enfeitado com folhagens e fitas. Também aparece com o corpo coberto com um manto de pele de leão ou de leopardo, com uma coroa de pâmpanos na cabeça e dirigindo um carro puxado por leões. Suas seguidoras embriagadas eram chamadas de bacantes e é considerado também o deus protetor do teatro. Em sua honra promoviam-se festas dionisíacas e os ditirambos, que nas origens do teatro grego eram uma espécie de canto coral constituído de uma parte narrativa, recitada pelo cantor principal, ou corifeu, e de outra propriamente coral, executada por personagens vestidos de faunos e sátiros, considerados companheiros desse deus.
Deus grego equivalente ao romano Baco, especificamente deus do vinho, das festas, do lazer, do prazer, do pão e mais amplamente da vegetação, um dos mais importantes entre os gregos e o único deus filho de uma mortal. Seu culto deve ter vindo da Trácia, Lídia ou Frígia para a Grécia aproximadamente no oitavo século a.C. e onde inicialmente com sua forma de touro, freqüentemente liderava as Maenads barulhentas, bacantes, sátiros, ninfas e outras figuras disfarçadas para os bosques. Eles dançavam, esquartejavam animais e comiam suas carnes cruas, em um ritual que originalmente nada tinha a ver com o vinho. Outro animal cuja forma era assumida por ele era o cabrito. Isso porque para salvá-lo do ódio de Hera, seu pai, Zeus, o transformou nesse animal e quando os deuses fugiram para o Egito para escapar da fúria de Tifon, foi transformado em um bode. Assim, seus adoradores cortavam em pedaços um bode vivo e o devoravam cru, acreditando estar comendo a carne e bebendo o sangue do deus. se estabeleceu inicialmente com muitas restrições, principalmente da aristocracia. Apenas gradualmente é que foram os componentes licenciosos e fálicos do culto moderados, de forma que tomou um lugar seguro na religião dos gregos, inclusive é observado que Homero não o citou como um dos grandes deuses olímpicos. Era filho de Zeus e da princesa Sêmele, filha de Cadmo e Harmonia. Descoberta mais uma traição de Zeus, a sua enciumada esposa Hera disfarçou-se de Beroe e convenceu Sêmele de que ela deveria pedir uma prova de que seu amante era realmente Zeus. Ela dirigiu-se ao amante e ele prometeu que qualquer coisa que ela pedisse lhe seria atendido. Porém ela, como mortal, selou seu destino quando pediu ao seu amante, caso ele fosse o verdadeiro Zeus, que viesse ter com ela vestido em todo seu esplendor, tal como andaria no Olimpo. Como era um juramento divino, Zeus lançou-se ao alto, juntou as névoas obedientes e as nuvens de tempestade, relâmpagos, ventos e trovões, e o corpo mortal de Sêmele não foi capaz de suportar todo aquela carga de energia celestial e ela foi queimada até as cinzas. Seu bebê, ainda incompleto, saiu do útero de sua mãe, e alojou-se na coxa de seu pai, até que se completasse a sua gestação e depois o pai enviou o bebê para ser criado pelo casalIno, sua tia, e Atamas. Entretanto, Hera descobriu que o bebê havia nascido e que estava sendo criado escondido dela e, indignada, levou Atamasà loucura. Atamas caçou o próprio filho, Learcus, como se fosse um veado, matando-o, e Ino, para livrar seu outro filho, Melicertes, da loucura do pai, o atirou ao mar, onde foi transformado no deus do mar Palaemon, em homenagem a quem Sísifo instituiu os jogos do Istmo. Finalmente, Zeus iludiu Hera transformando-o em um cabrito, e Hermes o levou para ser criado pelas ninfas de Nisa, na Ásia, quem Zeus posteriormente transformou em estrelas, dando-lhes o nome de Híades. Quando ele cresceu, descobriu a videira e também a maneira de extrair da fruta o seu suco e transformá-lo em vinho e passou a ensinar a cultura da uva. Ele foi o primeiro a plantar e cultivar as parreiras, a poda dos seus galhos e o fabrico da bebida e assim o povo passou a cultuá-lo como deus do vinho. Ensinando sua arte o deus vagou pela Ásia e foi até a Índia, chegou até Cibela, na Frígia, onde a deusa Réia, mãe dos deuses, o purificou e o ensinou os ritos de iniciação e, então, se dirigiu à Trácia. Na sua volta à Grécia, puniu quem se interpôs em seu caminho e triunfou sobre seus inimigos além de se salvar dos perigos que Hera estava sempre colocava em seu caminho e instituiu seu próprio culto. Mais tarde ele resgatou a mãe Sêmele dos ínferos e a levou ao Olimpo, onde Zeus a transformou em deusa. Nas lendas romanas, tornou-se Baco, que se transformou em leão para lutar e devorar os gigantes que escalavam o céu e depois foi considerado por Zeus como o mais poderoso dos deuses. Mais tarde, seu culto se tornou tão difundido que veio a ser cultuado em um momento histórico particular, até mesmo em Delfos, o santuário-chefe de Apolo. Nos festivais realizados em sua homenagem, que eram basicamente festas da primavera e do vinho, também foi acrescentadas performances dramáticas, especialmente em Atenas, de forma que seu culto pode ser visto ligado ao gênero dramático. Em geral é representado sob a forma de um jovem imberbe, risonho e festivo, de longa cabeleira loira e flutuante, tendo, em uma das mãos, um cacho de uvas ou uma taça, e, na outra, um dardo enfeitado com folhagens e fitas. Também aparece com o corpo coberto com um manto de pele de leão ou de leopardo, com uma coroa de pâmpanos na cabeça e dirigindo um carro puxado por leões. Suas seguidoras embriagadas eram chamadas de bacantes e é considerado também o deus protetor do teatro. Em sua honra promoviam-se festas dionisíacas e os ditirambos, que nas origens do teatro grego eram uma espécie de canto coral constituído de uma parte narrativa, recitada pelo cantor principal, ou corifeu, e de outra propriamente coral, executada por personagens vestidos de faunos e sátiros, considerados companheiros desse deus.
ARTEMIS
INTRODUÇÃO
Uma das doze divindade gregas do Olimpo, a mais popular das deusas do panteão grego, inicialmente ligada à floresta e à caça, depois associou-se também à luz da lua e à magia. Filha de Zeus e Letó e irmã gêmea de Apolo e conhecida pelos romanos como Diana. Sua mãe foi perseguida por Hera, a deusa rainha protetora do casamento e do parto, que não quis receber quando estava preste a dar à luz, pois odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos de tais relacionamentos. Esperando gêmeos chegou a ilha de Delos e deu a luz no monte Cinto, primeiro ela, que revelou os seus dotes de deusa dos nascimentos auxiliando no parto do seu irmão gêmeo, Apolo. Seu pai, presenteou-a com arco e flechas de prata, além de uma lira do mesmo material e seu irmão Apolo ganhou os mesmos presentes, só que de ouro, obra de Hefesto, o deus do fogo e das forjas, também seu irmão por parte de pai, e também deu-lhe uma corte de Ninfas, e fê-la rainha dos bosques. Sendo considerada a mais pura e casta das deusas, era particularmente amada pelas Ninfas e com elas dançava freqüentemente nas florestas como a luz prateada da lua. Representava para as mulheres o que Apolo representava para os homens. Sendo uma infatigável caçadora e, apesar do seu voto de castidade, apaixonou-se perdidamente pelo jovem Órion ou Orionte, filho de Posêidon, também era um grande caçador como ela. Mas seu irmão gêmeo não gostava dele e muito lhe desagradava a afeição da irmã pelo jovem e, enciumado, decidiu impedir sua irmã de consorciá-lo. Ardilosamente, uma vez estavam os dois em uma praia quando seu irmão percebeu Órion mergulhado na água e somente com a cabeça de fora. Apolo mostrou-lhe aquele objeto escuro para a sua irmã, desafiou-a em acertá-lo. Vaidosa e sem saber que se tratava da cabeça de Órion, ela prontamente retesou o arco e acertou-a com sua flecha. As ondas trouxeram o corpo de Órion até a praia e ela, em sua dor, não querendo que o amado desaparecesse para sempre, colocou-o entre as estrelas do céu, onde ele aparece como um gigante com cinto e espada, vestindo pele de leão e segurando uma clava, acompanhado pelo seu cão, Sírius. Era muito severa também com os mortais que ousavam desafiá-la. Certa vez, como de costume banhava-se nas águas das fontes cristalinas; quando foi surpreendida pelo caçador Acteon que ali se dirigiu para saciar a sede. A vê-lo transformou-o em um veado e tornou-o vítima da sua própria matilha que o estraçalhou. Depois que Agamêmnon matou um cervo em um bosque consagrado a deusa, exigiu do grego o sacrifício de sua filha, Ifigênia, para que os ventos voltassem a soprar e permitissem a partida da frota grega para Tróia. Posteriormente, teve pena da jovem e não deixou que ela fosse sacrificada e levou-a consigo até seu santuário e ali Ifigênia tornou-se sacerdotisa. Foi freqüentemente confundida com Selene ou Hécate, também deusas lunares e é conhecida como Cíntia, devido ao seu local de nascimento, e foi ao longo dos tempos uma fonte inesgotável da inspiração dos artistas.
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